Taverna Abandonada

Essa taverna se encontra alguns quilômetros seguido pela Estrada do Sol. Todavia, por ser distante de Haya e das vilas, acabou sendo destruída por bandidos do deserto.
Agora, abandonada, a taverna serve de repouso para algumas poucas pessoas - pelo menos aquelas que não temem o que podem encontrar ali dentro, afinal de contas, nunca se sabe o que pode estar adormecido dentro dessas paredes decrepitas.

pós alguns minutos de viagem de camelo, a dupla enfim chegava no que pareciam ser ruínas de uma prédio de dois andares. Ramman parou o camelo um pouco antes e desceu, sinalizando para que Chrux esperasse, e entrou primeiro. Foram alguns minutos quando enfim ele retornou, pegando a guia do camelo e guiou-o até dentro do lugar.

Uma vez na proteção da construção, a sombra certamente foi algo muito bem vindo, e agora Raman parava ao lado do camelo, se voluntariando para ajudar Chrux a descer.

- Desculpe por tudo isso súbito, é bom ter cuidado no deserto nos dias de hoje. Vem, te ajudo.

Assim que Chrux conseguisse descer, logo Ramman tiraria a sela do camelo e guiaria o mesmo para que se deitasse. Deixando as sacolas encostadas na parede, o nômade tirou o tecido que envolvia sua cabeça e rosto, seu cabelo era curiosamente branco, mas, ao se virar para Chrux, seus olhos eram heterocromáticos e havia uma espécie de tatuagem abaixo do olho, em suas mãos trazia um pouco de queijo e pão.

- Talvez não seja muito, mas é minha comida de viagem. - Sua feição estava séria. - Você disse que não se lembrava..? Como assim?

Com uma feição de extrema gratidão o garoto saltava saia de cima do camelo com a ajuda de Raman e logo novamente com a ajuda de Raman, Chrux se deitava, não era como uma cama de alta qualidade, porém parecia estar deitado em uma nuvem.

--Está tudo bem, esse lugar parece mesmo com um lugar que guardaria algumas coisas perigosas.

Aceitava o pão e o queijo sem muita excitação afinal estava faminto, se sentava e então comia também sem pestanejar, era como se fosse uma deliciosa refeição digna de um rei, porém era apenas pão e queijo.

--isso estava delicioso. Falava enquanto lambia os dedos não deixando nem as migalhas escaparem. Parecia uma pessoa completamente diferente agora e bem menos como um velho em seus últimos anos de vida.

--É bem isso, a última coisa que me lembro é de estar no deserto sem água ou comida, só lembro de meu nome e idade mais nada

voltava a se deitar enquanto olhava para o teto pensativo. Quem sou eu? Um herói? Um vilão? Uma pessoa comum? Esse tipos de pensamentos não saiam da cabeça do garoto, ele sentia que seu antigo eu tinha deixado de fazer algo e que ele precisava cumprir e esse algo, sua expressão ficou uma expressão de incerteza como se você estivesse fazendo uma prova e visse uma questão se lembrava que o professor tinha falado dessa questão, mas não lembrava o que era o certo.

--E você Raman, o que faz no deserto?

Ramman se sentou na frente do rapaz, observando enquanto o mesmo comia. Não dava-se para distinguir que tipo de pensamento estaria passando por sua cabeça, e pareceu até ter um sobressalto quando teve seu nome chamado, tornando a olhar o rapaz nos olhos.

-Uhm... Eu sou de uma das tribos de nômades, e ouvi que estava tendo rumores sobre uma certa... Animosidade se erguendo ao redor dos meus compatriotas, e estava viajando para encontrar os meus e tentar entender o que estava acontecendo. - Ele sorriu de leve. - Eu tinha viajado para fora e voltei assim que escutei acerca dos problemas... Mas, parece que os deuses me colocaram nesse caminho para poder salvar sua vida.

O mesmo deu um sorriso calmo e descontraído, mas olhou por cima do ombro, observando o camelo.

- Talvez seja bom te levar para Haya, lá as sacerdotisas podem tentar te ajudar em descobrir a origem dessa amnesia... Ouvi algumas vezes sobre pessoas que bateram a cabeça e esqueceram das coisas, mas você não está sangrando...

O homem tornou a ajeitar a postura, ficando de olhos fechados e de maneira pensativa.

Cruzava as pernas e colocava as mão nos joelhos. Encarava o jovem nômade enquanto este falava sobre si, sua expressão era atenciosa, porém as vezes eles se distraia e olhava para o camelo.

--Eu tenho quase certeza que não bati a cabeça... Passava as mão pela cabeça e entre os cabelo a procura de um machucado.

--Haya? Eu não me importo muito para onde você me leve só me tire desse deserto e serei extremamente grato.

Soltava um sorriso amigável, e de extrema gratidão, afinal se não fosse esse nômade e seu camelo voltando de viagem Chrux estaria sem sombra de duvidas morto neste momento.

--acho melhor partimos, não quero te prender mais tempo aqui já que seus companheiros estão com problemas. Enquanto falava se levantava e tirava as migalhas da roupa passando as mãos nela.

Ramman acenou calmamente com a cabeça, se levantando e foi até o cabelo, ajeitando-o de volta e veio a subir já no mesmo, todavia, aguardou para que Chrux subisse no animal.

- Venha, vou te levar para Haya então.

Subia então no camelo com certa dificuldade, pois ainda estava cansado, não é como se uma pausa de 5 minutos fosse recuperar todo o fôlego do jovem garoto.

Ramman seguiu o caminho em direção de Haya.

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