Entrada do Reino

Essa é a principal entrada do reino, qualquer um que entrar e sair terá que vir por aqui. Há dois guardas sobre o grande portão e cinco atiradores sobre duas torres que se encontram ao lado do portão. O portão vive sempre aberto até de noite, entra e sai quem quiser, mas se tiver carregando algum item suspeito, não levará nem cinco minutos para ser pego.

Chegava ali, entrando no reino. Tinha uma ideia de como achar o destinatário e iria direto para lá. Por sorte, não iria ser parada, pois minhas orelhas de elfos estariam completamente tapadas por meu cabelo comprido e volumoso, na qual havia desprendido antes de entrar na visão dos guardas. Assim, somente as asas eram vistas, dando a impressão de que era apenas um sagrado de viagem.

Assim que eles falaram, me lembrei da atual relação dos elfos e sagrados. Por isso, abri a carta, dando alguns passos para atrás, e comecei a ler.

Não era tão cega a ponto de não notar a mão de alguém com a armadura completa, que fazia com que cada movimento fosse barulhento e espalhafatoso. Deste jeito, assim que notei a sua mão vindo em minha direção, recuei novamente, escondendo a mão e fechando a carta.

— Com licença, estava aqui lembrando o por que de aparecer aqui. Tem como respeitar-me? — falei, recuando cada vez mais, até sair totalmente do limite da cidade, onde eles não poderiam agir.

Voltei lá, apenas passando pelos guardas com um sorriso.

—  Desculpe pelo transtorno de antes, sofro de amnésia, uso cartas para me lembrar das coisas — continuei andando, soltando uma risada abafada.

— Vim aproveitar das suas florestas, elas são tão calmas e relaxantes. Ótimas para meditar! — falei, entusiasmada, com um sorriso forte no rosto — Não irei atrapalhar, não se preocupem. Só quero paz.